Quando o designer vira linha de custo, a empresa começa a perder dinheiro.
Não é metáfora, é fluxo de caixa mental.
Toda vez que liderança olha pra design e pensa “isso encarece o projeto”, ela está assumindo que o papel do design é somar pixel, não remover desperdício.
Designer chamado só no final vira decorador de decisão mal tomada.
Quando o design entra tarde, o produto já está quase pronto: requisitos engessados, tecnologia definida, prazos apertados.
O espaço que sobra é mínimo: ajustar layout, salvar a experiência no detalhe, tentar arrumar o que já nasceu torto.
Esse atraso cobra caro na prática:
– retrabalho;
– conflitos entre áreas;
– features pouco usadas;
– esforço jogado em coisa que não deveria existir.
Não é que o design seja caro.
É que o custo do não-design não aparece na planilha.
Aparece em churn, em baixa adoção, em time frustrado.
Um designer maduro não começa perguntando “qual tela você precisa?”.
Começa perguntando “qual decisão de negócio estamos tentando tomar aqui?”.
Quando o design assume esse lugar, ele vira infraestrutura de decisão.
Passa a ajudar a empresa a investir melhor tempo, energia e budget.
A empresa que enxerga design como gasto corta justamente a disciplina que poderia evitar gasto desnecessário.
A empresa que enxerga design como investimento sabe que cada hora boa de raciocínio ali evita muitas horas ruins de correção depois.
Então a pergunta não é “quanto custa design?”.
É “quanto está custando continuar tomando decisão no escuro?”.
Se você lidera times de produto e sente que design “não entrega o suficiente”, talvez o problema não seja o time.
Pode ser o lugar que você colocou o design na conversa.