Entre o racional e o intuitivo
O mercado de design aprendeu a explicar tudo.
Cada escolha precisa de uma justificativa, cada decisão precisa de uma métrica, cada pixel precisa de um propósito.
Mas o que acontece quando explicamos tanto que deixamos de sentir?
Existe uma elegância nas coisas que não se explicam.
No detalhe que não é lógico, mas é certo.
Na escolha que não é racional, mas é inevitável.
Design é, antes de tudo, um ato de intuição organizada.
E intuição é o tipo de inteligência que nasce do que já foi aprendido, mas ainda não virou discurso.
Quando o inexplicável é coerente
Há uma diferença entre ser subjetivo e ser incoerente.
O subjetivo é o que sentimos, mesmo sem entender.
E o design mais poderoso é aquele que une clareza e mistério.
Que explica o suficiente para orientar, mas nunca o bastante para esgotar.
O excesso de racionalidade mata o encanto.
E um design sem encanto é um corpo sem alma.
Conclusão
A elegância das coisas que não se explicam é o que mantém o design humano.
Porque nem tudo que é verdadeiro pode ser medido.
E nem tudo que é medido precisa ser justificado.