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A Elegância das Coisas que Não se Explicam

Entre o racional e o intuitivo

O mercado de design aprendeu a explicar tudo.

Cada escolha precisa de uma justificativa, cada decisão precisa de uma métrica, cada pixel precisa de um propósito.

Mas o que acontece quando explicamos tanto que deixamos de sentir?

Existe uma elegância nas coisas que não se explicam.

No detalhe que não é lógico, mas é certo.

Na escolha que não é racional, mas é inevitável.

Design é, antes de tudo, um ato de intuição organizada.

E intuição é o tipo de inteligência que nasce do que já foi aprendido, mas ainda não virou discurso.

Quando o inexplicável é coerente

Há uma diferença entre ser subjetivo e ser incoerente.

O subjetivo é o que sentimos, mesmo sem entender.

E o design mais poderoso é aquele que une clareza e mistério.

Que explica o suficiente para orientar, mas nunca o bastante para esgotar.

O excesso de racionalidade mata o encanto.

E um design sem encanto é um corpo sem alma.

Conclusão

A elegância das coisas que não se explicam é o que mantém o design humano.

Porque nem tudo que é verdadeiro pode ser medido.

E nem tudo que é medido precisa ser justificado.

Rafaella Ott
Rafaella Ott
http://rafaellaott.com.br
Rafaella Ott é designer e estrategista de produto. Atua onde design, negócio e cultura se encontram, transformando visão em estrutura, ideias em estratégia e design em liderança. Com uma trajetória que une prática e pensamento, Rafaella investiga como o design pode operar como força estratégica capaz de escalar times, amadurecer operações e gerar impacto real em produtos e organizações.

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